top of page

Consumo e poluição x arquitetura sustentável: o desafio do Metaverso

Rede que faz uso das tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada para promover a imersão das pessoas em mundos virtuais que replicam a realidade, o Metaverso é apontado por seu criador, Mark Zuckerberg, como o futuro da própria internet. Mais que isso, o Meta é idealizado como o molde para um planeta melhor.


Especialistas e empresas não só concordam como já investem milhões de dólares tanto no desenvolvimento do Metaverso quanto em criptomoedas, NFTs e outros ativos usados no ambiente virtual. Estima-se que, nos próximos 15 anos, o Metaverso deve movimentar cerca de US$ 30 trilhões.

Simulação de acesso ao Metaverso / Imagem: freepik Tanto investimento financeiro e potencial técnico chamou a atenção de arquitetos e especialistas em desenvolvimento urbano, que passaram a enxergar no Metaverso uma grande oportunidade para criar e testar projetos menos poluentes, com menos consumo de energia e mais sustentáveis.


O que levou a um paradoxo problemático: o Metaverso em si não é nada sustentável.


Emissão de carbono e lixo eletrônico


Sustentar e desenvolver o Metaverso requer um consumo de energia gigantesco: segundo a Intel, é necessário elevar em mil vezes a capacidade de computação atual para abastecer o Metaverso em todo o seu potencial – o que resultaria em um aumento substancial na emissão de carbono na atmosfera.

Servidores de TI / Imagem: Pixabay


De acordo com especialistas, os serviços de TI hoje correspondem a 2% da emissão de carbono em todo o mundo. A evolução e a popularização do Metaverso devem fazer essa porcentagem subir às alturas, especialmente considerando o poder de processamento que é exigido para gerar imagens de alta resolução do Meta.


Outro desafio é a questão do lixo eletrônico: à medida que novas tecnologias e ferramentas de realidade de virtual são criadas e lançadas no mercado a uma velocidade espantosa, a quantidade de aparelhos altamente poluentes que são descartados prejudica gravemente o meio ambiente.

Lixo eletrônico descartado / Imagem: Pixabay


O contraponto da arquitetura e construção


Nem tudo no Metaverso, porém, remete à poluição e ao consumo desenfreado. Pelo contrário: o mundo virtual pode sim apontar caminhos para que a realidade torne-se mais sustentável. É nisso que apostam a empresa norte-americana HOK, de São Francisco, e o escritório de arquitetura inglês Ackroyd Lowrie, de Londres.


Enquanto a HOK cria no Metaverso modelos em 3D de todos os espaços físicos que projetam, a Ackroyd Lowrie está usando a mesma tecnologia para aprimorar projetos com baixo consumo de energia. E à medida que novos softwares de criação vão surgindo, essas projeções tornam-se cada vez mais precisas e abrem um leque multidisciplinar para diferentes profissionais atuarem.


No Metaverso, a criação de produtos pode ser em termos de “weareble” (roupas, objetos, etc.) ou “scenes” (paisagens, bairros, etc.). É na segunda opção que a arquitetura e o design encontram um terreno fértil para criar e testar soluções que irão resolver os problemas do mundo real.


*Com informações do ArchDaily, FFW e Época Negócios.

13 visualizações0 comentário
bottom of page